O fim da tremedeira

Sabe aqueles velhinhos que deixaram de fazer algumas de suas atividades favoritas por sofrerem com a Doença de Parkinson? Aqueles que, muitas vezes, tiveram que parar de pintar, bordar e fazer artesanato por não conseguirem mais coordenar totalmente os movimentos das mãos? Pois é, por incrível que pareça, a cura para essa doença degenerativa e que afeta o sistema neurológico central pode estar nos pepinos-do-mar.

O animal que é parente dos ouriços e das estrelas-do-mar, tem cerca de 20 cm, corpo mole como geléia e não é agressivo. Porém, vale aquele velho ditado: não mexa com quem está quieto. Não, ele não vai ter um surto psicótico e sair atirando espinhos envanenados para todos os lados. Sua reação é enrigecer o corpo como se estivesse envolto por uma armadura; quase um gladiador dos mares.

É exatamente esse o mecanismo que os pesquisadores reproduziram em laboratório. Criaram um pseudo-plástico que quando está seco é duro e quando molhado se torna mole e flexível. Em formato de agulhas, o novo material diminui resultado generativo da doença. O problema é que as agulhas podem perfurar as partes moles do cérebro do paciente.

O "plástico" pode ser usado, também, na cura de pessoas que sofreram algum tipo de acidente e perderam total ou parcialmente os movimentos.

E as qualidades do pepino-do-mar não param por aí. Ele ainda possui uma proteína capaz de acabar com a malária. O bichinho produz a lectina, proteína que impede que os parasitas da doença se desenvolvam no estômago dos insetos transmissores.

Um pouco mais sobre o nosso ilustre equinodermo: o pepino-do-mar não nada nem flutua; se locomove por um sistema de pressão da água. Tem aproximadamente 20 cm de corpo mole. Não é agressivo. Como não tem disponibilidade para fazer um curso qualquer de artes marciais para auto-defesa, quando ameaçado, reveste-se por uma camada grossa que o protege; como se fosse uma capa de couro. Sua dieta inclui invertebrados e peixes. Possue poder de regeneração (quando perde algum membro, seu corpo trata logo de repô-lo).

Duvido que você não tenha tentado fazer uma relação de um pepino-do-mar e um pepino("-da-terra") daqueles que a gente está acostumado a comer. Do alto da minha enorme ignorância, não consegui achar outra semelhança a não ser no formato e tamanho. Os benefícios da versão aquática já foram expostos, agora é a vez da outra vertente:

O pepino é uma ótima fonte de fibras e tem baixo teor calórico. Além disso, contém ( em pequena quantidade, mas contém) vitamina C e folato. Seu consumo vai desde cortadinho na salada até máscaras faciais.

De qual você gosta mais?

Nathália do Lago